A vida não é um mar de rosas! Enfrentamos desafios e encontramos formas de os superar. Como o fazemos? Podemos negar, enfrentar ou evoluir.
Cada vez que surge uma adversidade, há uma oportunidade para evoluir, para nos tornarmos mais resilientes e maduros. Os problemas são um treino para a vida e a resiliência é uma competência comum, não extraordinária.
Ser resiliente é ser capaz de recuperar de experiências difíceis.
Ser resiliente é ser flexível. É ser capaz de se adaptar a acontecimentos de vida perturbadores ou trágicos, que geram stress e ameaçam o equilíbrio e o bem-estar.
Ter de lidar com dificuldades, com reveses, obstáculos quaisquer que sejam as circunstâncias é, e será sempre, um imenso desafio. Faz parte da existência que assim seja: nem sempre tudo é perfeito, nem sempre tudo dá certo, tanto quanto tudo pode também ser perfeito e/ou dar certo. A certa altura a vida vai desafiar-nos, isto está garantido. Dizemos, muitas vezes, mal das adversidades que temos de enfrentar na vida. Por vezes os espinhos são tão grandes e tão aguçados que se torna extremamente difícil enfrentar os obstáculos e sarar as feridas. Achamos que é injusto, que não merecemos e que precisamos de descanso e tranquilidade. Se tudo isto que nos passa pela cabeça nos desgasta, também nos prende, nos desmotiva e não nos traz soluções. É muito mais fácil deixarmo-nos abater do que dispormo-nos a transpor obstáculos. Difícil mesmo é levantar a cabeça e enfrentar, mesmo a pior das situações, mesmo com os resultados mais difíceis, e fazendo do caminho um instrumento de crescimento individual.
O que faz com umas pessoas sejam mais resilientes que outras? Há quem ao longo da sua vida desenvolva mais esta característica, mas todos a podemos aperfeiçoar e desenvolver.
A resiliência forma-se também pelo que aprendemos na infância. Aos 12 anos está bem estabelecida, e com 16 anos está sedimentada. Envolve pensamentos, emoções e comportamentos e todos podemos aperfeiçoá-la e desenvolvê-la.
Ser resiliente é assumir o controle, saber que perante adversidades se pode influenciar, pelo menos a própria resposta. É assumir a responsabilidade de fazer alguma coisa para melhorar a situação. É decidir a dimensão que se quer dar à adversidade (não catastrofizar por exemplo), determinar a atitude a ter e qual a duração (quanto tempo) que se permite que a adversidade atrapalhe, antes de se seguir com a vida.
Aprender a lidar com frustrações, reveses e dificuldades, é aprender a converter qualquer adversidade em vantagem, aprendizagem e experiência.
Para se preparar para os “espinhos” da vida:
- Carregue baterias: durma para um corpo e cérebro em forma
- Ligue-se a família, amigos, comunidade
- Aprenda coisas novas
- Torne-se presente, tire tempo para si e relaxe
- Defina objectivos: ser mais rápido, saltar mais alto, aprender…
- Expresse emoções, seja criativo, explore sentimentos através da arte, música….
- Olhe para o quer alcançar em vez de se preocupar com o que quer evitar.
Enfrente as dificuldades, torne-se mais resiliente! A adversidade pode ser um incrível potenciador de crescimento individual.
Oficina de Psicologia
Foto: Gaelle Marcel