Falámos com António Alberto, o vencedor da categoria Artes da Mesa ICEL do concurso Jovem Talento da Gastronomia 2020. Em entrevista, o jovem revela a importância da sua formação para conquistar o prémio e as suas ambições para o futuro.
Qual a relevância da formação para um profissional da área de Hotelaria?
A formação é um ponto fundamental no desenvolvimento do nosso percurso profissional. Desde que entrei para a área, nunca parei de estudar, seja através de formações, masterclasses ou workshops. Para mim a formação é tão importante que depois de estudar Gestão de Restauração e Bebidas na Escola de Hotelaria e Turismo do Porto já estou a frequentar uma licenciatura em Gestão e Administração Hoteleira na Escola Superior de Hotelaria e Turismo, em Vila do Conde. Quanto mais investirmos na formação, mais bem preparados vamos estar para os desafios do mercado de trabalho.
A Escola de Hotelaria deu-me um conhecimento incrível ao nível dos conhecimentos teóricos e práticos, desde gestão de Food & Beverage (F&B), enologia, gastronomia, marketing, restaurante e bar. Vou ser sempre muito grato porque que me muniu de um forte know how e me preparou muito bem para o mercado de trabalho. Tive os melhores formadores e sou agradecido por ter tido essa oportunidade.
O que te fez apaixonar pelo curso?
A exigência, o ter de adotar uma postura mais profissional, algo a que não estava muito habituado.
Qual é o teu objetivo a nível profissional?
A médio-longo prazo o meu objetivo é ser diretor de F&B de um hotel. A curto prazo é trabalhar com os melhores profissionais do país e enriquecer os meus conhecimentos para quando me sentir confortável traçar esse caminho em nome próprio. É por isso que estou novamente a estudar e este curso em específico. Penso que um bom diretor de F&B tem que ter conhecimento dos departamentos todos para conseguir fazer bem as suas funções.
Tu começaste no serviço de sala e agora ganhaste um concurso na área. Qual a importância da sala num restaurante?
A sala é tão essencial como a cozinha. Sem sala e sem cozinha não há restaurante. Quando a cozinha idealiza uma viagem gastronómica é tarefa da sala transmitir essa mesma viagem aos clientes proporcionando uma experiência única com um bom serviço.
A sala tem de antever as necessidades do cliente, organizar, programar e efetuar o melhor serviço e acolhimento possíveis. É a minha paixão! Para mim, o contacto com o cliente e saber que este saiu feliz com a experiência que acabou de ter é o que me deixa de coração cheio.
Queres deixar alguma mensagem à Escola de Hotelaria e Turismo do Porto?
Quero agradecer a todos os formadores que contribuíram para que atingisse o objetivo de vencer o JTG. Não posso deixar de mencionar o professor José Varela, que me ensinou tudo sobre F&B e a professora de inglês e orientadora de curso, Cristina Guedes.
Que conselho darias a quem esteja agora a frequentar um curso na área da Hotelaria e Restauração?
Penso que devem aproveitar a postura que as Escolas de Turismo de Portugal impõem porque é muito útil para o futuro. É o que nos diferencia no mercado de trabalho. E depois devem encarar o desafio com seriedade e dedicarem-se a fundo, porque depois as coisas boas acontecem naturalmente.