O desafio é simples: escolher um restaurante pelo qual se fariam incontáveis quilómetros para ter o gosto e a oportunidade de provar uma certa iguaria. Na nova edição da rubrica “Faço quilómetros para”, convidámos João Narigueta, chefe dos restaurantes Híbrido e Poda. Eis as suas respostas.
Um restaurante?
Tenho vários mas hoje dou destaque a dois: os restaurantes Xisto na Louçainha e Ponte Velha na Sertã. O primeiro tem feito um trabalho irrepreensível na recriação de pratos que, de alguma forma, marcaram a região e, até mesmo, Portugal. Admiro bastante a forma como o chefe e professor João D’Eça Lima trabalha no restaurante, situado numa zona fora do circuito urbano. Já a Ponte Velha, é um sítio que vou apenas para comer um prato específico. A minha avó materna nasceu e viveu na Sertã e desde de sempre que tive uma ligação muito forte com a gastronomia da Beira Interior (além da alentejana). Lembro-me de em criança adorar as visitas que fazia a casa do meu bisavô e das minhas tias onde tive a oportunidade de fazer, ver e comer iguarias com o maranho, o bucho, as morcelas de arroz, a chanfana ou a salada de almeirão.
Um prato?
No Xisto, as favas estufadas com enchidos da região – um prato totalmente diferente do que estava habituado a comer em casa – ou o divinal arroz de cabidela de coelho. Já na Ponte Velha, destaco o maranho.
Quem recomenda?
O chefe dos restaurantes Híbrido, em Évora e Poda, em Montemor-o-Novo.
Onde comer?
Morada:
Restaurante Xisto
Praia Fluvial da Louçainha, 3230-103
Ponte Velha
Rua do Convento, 6100-593 Sertã
Foto: DR